Na semana passada trabalhei com a minha tchurminha das sextas o incrível livro A INCRÍVEL FUGA DA CEBOLA, que conta a história de uma jovem cebola quer escapar do horrível destino de todas as cebolas - ser frita na panela. Para fugir da Grande Fritura, só há uma saída; ser uma cebola esperta, que questiona e duvida. Mas, para se libertar, ela precisa da ajuda do leitor, que deve usar a cabeça e as mãos para ajudá-la a escapar do livro. Assim, a Cebola começa uma conversa para convencer o leitor da importância de aprender a pensar, e do início ao fim, faz questionamentos éticos e existenciais, como - 'O que é mais real; o que nós de fato fizemos ou o que nós pensamos que fizemos?', 'É possível alguém ser mau e bom?', 'Quanto dura um minuto?'.
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Ofereci uma folha para cada um deles, a cada pergunta oferecia um material diferente, aquarela, canetinha, giz de cera... Íamos lendo aos poucos o livro, e a cada questionamento da cebola, parávamos e respondíamos, com desenhos ou palavras... Eles tinham total liberdade de tamanho, de pensamento, dentro daquela folha.
O resultado ficou incrível. Com respostas tão lindas, como: "Eu adoro dias de chuva, porque é tão lindo quantos os de sol.", "acho solidão uma palavra tão linda, e tem sol também". "os meus pensamentos esquecidos vão para uma outra galáxia". A mistura das respostas com os materiais tornaram uma folha em branco, um lindo experimento.
Foi um incrível trabalho de muita reflexão.